Você sabia que existe tratamento para dependentes químicos pode ser feito gratuitamente pelo SUS? No entanto, no Brasil com a saúde pública defasada, isso parece algo quase impossível de conseguirmos.
Desta forma, precisamos saber como funciona esse processo, e de que forma o paciente e os familiares poderão e deverão buscar ajuda para lidar com a dependência química e alcoólica gratuitamente.
Em alguns casos, é preciso realizar uma internação contra a vontade dos pacientes, sendo assim, é importante que todos entendam porque esses problemas acontecem e como lidar com algo tão delicado.
Como funciona o tratamento químico para dependentes químicos pelo SUS?
É importante entender que o SUS oferece sim tratamento para dependentes químicos de forma totalmente gratuita, no entanto, sabemos que ainda é bem difícil encontrar clínicas e hospitais do governo com estrutura e até mesmo profissionais para este tipo de atendimento.
Sendo assim, abaixo você entenderá um pouco mais sobre como funciona todo esse processo para internação, e de que forma ele pode e deve ser solicitado, confira maiores detalhes!
Mas quem pode ser internado pelo SUS?
Entenda que a internação pelo SUS realmente é um direito de todos os brasileiros, e isso inclui os casos de dependência química. Porém, sabemos que a saúde pública no Brasil a anos vem sofrendo com tantas dificuldades capazes de dificultar cada vez mais os atendimentos.
Como funciona o atendimento ambulatorial?
Antes de tudo, é preciso saber que o SUS sempre prezará o tratamento para dependentes químicos, através de atendimentos ambulatoriais, claramente as internações somente são solicitadas em casos muito graves.
Geralmente esses casos mais graves, o paciente se encontra em um estágio completamente avançado da doença, provavelmente o mesmo já estará com overdose ou crises graves de abstinência.
Sendo assim, a maioria dos casos são atendimentos ambulatoriais, onde um médico acaba por avaliar o paciente e quando preciso prescreve medicações.
Como faço para conseguir internação pelo SUS?
É preciso que compreenda que para realmente conseguir o tratamento para dependentes químicos e possivelmente uma internação é bem difícil, e ainda depende de uma análise médica completa.
Sendo assim, a primeira coisa a ser feita é ir em busca de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e procurar se informar exatamente sobre quais são os procedimentos necessários, caso não tenha um perto de sua residência, então o ideal é buscar ajuda no posto de saúde mais próximo.
Lembrando ainda, que quando a internação é possível, o que acontece é que o SUS acaba por fazer o encaminhamento para uma instituição credenciada.
Quanto aos procedimentos para internações, saiba que eles seguem o mesmo padrão das clínicas particulares, além disso, as abordagens mais utilizadas são:
Abordagem ambulatorial
Nesse procedimento ambulatorial, o paciente passa então a ser acompanhado pelo médico e psicólogo, além disso, ele é capaz de determinar qual de fato é o melhor método de tratamento para o caso, podendo então ser incorporadas terapias em grupo ou individuais.
Abordagem de desintoxicação
Aqui nesse procedimento, o dependente acaba sendo internado, essa internação pode durar de um a dois meses, justamente porque o mesmo terá que passar por uma desintoxicação química intensiva, ela serve para limpar o organismo por completo.
Lembrando sempre, que esse tratamento é feito com diversos medicamentos, esses acabam ajudando a diminuir os sintomas de abstinência do corpo e com acompanhamento total de médicos e psicólogos.
Abordagem de comunidade terapêutica
Essa é uma abordagem voltada para o tratamento para dependentes químicos, nessa etapa as internações acabam sendo bem mais longas, durando em média 6 meses, nesse tempo a pessoa acaba sendo estimulada a trabalhar e fazer diversas atividades.
Claramente tudo se trata de uma reintegração social do dependente para que o mesmo possa ter uma rotina normal e ainda um restabelecimento de laços familiares.
Abordagem da moradia assistida
Sobre essa abordagem, entenda que ela é recomenda para aqueles pacientes que não possuem família ou ainda pessoas próximas capazes de tomar conta deles.
Sendo assim, esse é um lugar bem especial, e serve para que ex usuários passem pela abstinência, eles possuem permissão para trabalhar, fazer atividades fora do local e até mesmo estudar.
Além disso, com outras pessoas nesse mesmo tipo de situação claramente é possível desenvolver então um maior senso de responsabilidade e principalmente impessoalidade.
Como funcionam as internações em clínicas particulares?
Em alguns casos, certamente o tratamento para dependentes químicos acaba funcionando através de internações, lembrando que são três tipos de internações realizadas pelas instituições privadas: voluntária, involuntária e compulsória.
Internação voluntária
Quanto a internação voluntária, é preciso entender que ela diz respeito ao fato de que a pessoa acaba então querendo se tratar, sendo que o paciente ainda procura a clínica por vontade própria ou ainda reconhece que possui problemas.
Na maioria dos casos isso não é o que acontece infelizmente, e muitas vezes a pessoa não reconhece que possui dependência em uma substância e que deve se tratar para se livrar da mesma.
Porém, quando o tratamento ocorre sempre de forma voluntária, então essa é a melhor das opções, justamente porque ele é extremamente recomendado pelos profissionais da saúde, justamente porque o doente já está consciente de sua dependência e que precisa lidar com ela.
Isso acaba sendo capaz de auxiliar o bastante permitindo o aumento das chances de eficácia de tratamento, justamente porque contará com uma cooperação ainda maior do dependente, ele aceitará todas as etapas, e isso inclui a internação, o processo é realizado com maior facilidade.
Internação involuntária
Obviamente não é sempre que o paciente aceita o tratamento para dependentes químicos, a pessoa que sofre com a dependência e não possui consciência do fato, acaba negando-se a buscar ajuda, e isso vai agravando a situação dela aos poucos.
Em determinadas situações como essa, saiba que a forma de tratamento mais indicada é a internação involuntária.
Nesse mesmo caso, em que a pessoa não reconhece sua dependência, acaba então fazendo com que o mesmo se sinta relutante em aceitar esse tratamento, por isso o mesmo não se interna por vontade própria.
Desta forma, quando ocorre esse problema, então será necessário que a família ou até mesmo um responsável pelo paciente, acabe intervindo diretamente isso acabará fazendo com que essa pessoa seja internada mesmo que não seja sua vontade.
É preciso entender que a internação involuntária visa claramente garantir o bem estar do paciente, além de que ainda protege todas as pessoas que estão ao seu redor, justamente porque muitas vezes ele não é responsável mais por suas ações.
Nesse caso, quando é preciso um tratamento para dependente químico, e quando a situação foge do controle, então a internação involuntária pode e deve ser feita apenas com consentimento de familiares, ou responsável quando a pessoa não possui parentes próximos.
Logo, é bem claro que o paciente certamente não precisará autorizar ou ainda estar de acordo com sua internação para o tratamento ser realizado, tudo é feito visando o bem estar e guardando a vida do dependente.
Internação compulsória
Sobre a internação compulsória, o que todos precisam dizer é que depois que o individuo ser acolhido por este estabelecimento, sendo que somente um especialista poderá interferir e finalmente definir quando esse tratamento terá fim.
Já no caso de uma internação involuntária, o próprio juiz ou um familiar, podem sim solicitar a interrupção ou o encerramento desse tratamento em questão.
Em relação a internação compulsória, saiba que a mesma é realizada quando o Juiz ou o Estado solicitam a interdição através de um pedido da família ou não. Caso a solicitação seja feita pela família, é preciso:
- Levar o paciente diretamente no CAPS e então pegar um laudo diretamente com o psiquiatra;
- Depois de pegar esse laudo em questão, será preciso levar ao Fórum da Cidade, e então pedir ao Estado a internação compulsória do paciente;
- Faça o possível para tentar falar com o juiz pessoalmente;
- Nesse caso específico o Estado é capaz de ajudar diretamente com o pagamento da clínica para aquelas pessoas que são mais carentes;
Claramente a diferença entre esse tipo de internação e a involuntária, é que a última pode ser feita diretamente com a Clínica, não será preciso de um laudo pois os psiquiatras já trabalham internamente.
Na internação involuntária, os psiquiatras precisam apenas informar ao Ministério Público que o paciente foi então internado no prazo de 72 horas.
Qual será o tempo de internação?
Uma das dúvidas mais comuns dos pacientes e até mesmo de seus familiares, diz respeito justamente ao tempo de internação que a pessoa deverá ser submetida, sendo assim, é importante ter algumas informações a respeito.
O tratamento para dependentes químicos é interessante e imprescindível para lidar com o vício, sendo assim, a primeira informação que você precisa saber é que não há um tempo de tratamento único capaz de ser aplicado a todos pacientes.
Certamente cada pessoa é única, e obviamente responde ao tratamento recebido de forma diferente, sendo que alguns podem passar um tempo mínimo na clínica, e outros precisariam estender sua permanência ao máximo para conseguir resultados mais eficazes.
De maneira geral, sabidamente o tempo de tratamento em uma clínica deve variar de 90 a 180 dias, sendo que logicamente essa acaba sendo apenas uma média geral ou ainda uma estimativa baseada na experiência de pessoas que trabalham a anos nessa área.
Porém, justamente devido a individualidade de cada paciente, esse tempo realmente poderá até mesmo ser superior ao máximo que foi mencionado anteriormente, sendo ainda que justamente a situação acaba sendo bastante grave.
É preciso que os pacientes e familiares compreendam que não existe a mínima possibilidade de estimular um prazo completamente exato, tanto para a eficácia quanto para o término do tratamento para dependentes químicos.
Logicamente existem alguns fatores que são capazes de influenciar no tempo de internação, sendo que os principais deles são os seguintes:
- Tudo dependerá do tipo de droga, ou ainda de substância química que era então consumida pelo adicto;
- Dependerá se a pessoa ainda consumia mais de um tipo de droga ao mesmo tempo, e de quais eram essas substâncias;
- Por quanto tempo o mesmo fez uso dessa substância até o momento em que a internação e o tratamento começaram a ser feitos;
- Dependerá de qual a quantidade média era consumida diariamente dessa droga;
- Dependerá ainda da idade do paciente, afinal ela influencia o bastante nos resultados;
É preciso lembrar que esses fatores certamente influenciarão no tratamento para dependentes químicos, e ainda devem ser informados pelo próprio paciente ou ainda por seus familiares durante o momento em que a internação qualquer que seja ela é realizada.
Além disso, é justamente por meio dessas informações que realmente será possível que a equipe de profissionais de fato consiga compreender qual é o melhor tipo de tratamento disponível para aquele paciente em questão.
Lembrando sempre, que o tempo de duração desse tratamento do paciente em questão, ao menos inicialmente deverá ser especificado a partir de todos os fatores e da avaliação médica em questão.
Logicamente que quanto mais a situação prévia da pessoa for informada, então mais fácil será compreender quanto da saúde física e psicológica dos mesmos foram afetadas, assim como é a dependência que o mesmo possui.
Quais profissionais realizam atendimentos aos dependentes químicos?
Saiba que para o tratamento para dependentes químicos obter sucesso, é essencial que a clínica em questão conte com uma equipe multiprofissional completamente qualificada.
Lembre-se que dentro desse contexto cada profissional acaba possuindo determinada função, e cada uma delas é mesmo essencial dentro da questão global desse tratamento, ela ainda é completamente eficaz principalmente concedendo então o resultado final do mesmo.
Além disso, as equipes multiprofissionais tendem a ser formadas por alguns profissionais, entre os mesmos:
- Profissionais da nutrição;
- Médicos psiquiatras;
- Educadores físicos;
- Técnicas de enfermagem;
- Psicólogos;
- Terapeutas holísticos;
- Enfermeiras;
- Equipes de monitoramento;
- Terapeutas ocupacionais;
Sendo assim, nenhuma área deve ser deixada de lado no atendimento para o paciente dependente químico, garantindo então uma abordagem mais completa e que possui maiores chances de sucesso.
No caso da Clínica Viva Vida, não oferece tratamento para dependentes químicos gratuito, no entanto, ainda orientam aos familiares a encontrar os melhores locais para que os pacientes possam se recuperar tendo qualidade de vida.